Candida Auris: uma nova infecção por fungo

Doenças infecciosas causadas pelo fungo Candida Auris espantam pacientes de todo o mundo e são classificadas como urgentes pelo CDC.

Uma doença infecciosa causada pelo fungo Candida Auris está chamando a atenção da comunidade científica e de pacientes. Classificada como urgente pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a infecção é altamente contagiosa e está se tornando mais  presente diferentes centros. Quem traz a informação é o artigo do Medscape, “Candida auris Spreads Through US Hospitals”.

O Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos incluiu a Candida Auris na lista de germes classificados como ameaças urgentes visto que, segundo o órgão, houve um número crescente de infecções pelo fungo em vários países (como Venezuela, Austrália, Malásia, Holanda, Noruega, Suíca, Índia, Alemanha, França Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Rússica, Colômbia, entre outros) desde que ele foi reconhecido.

O que é a Candida Auris?

A infecção causada pela Candida Auris não tem uma data ou local exatos de surgimento, tampouco se sabe quais as condições que propiciaram sua proliferação. O fungo teve seus primeiros registros na Coréia do Sul, em 1996, e posteriormente em uma infecção no ouvido de um paciente no Japão, em 2009.

De acordo com infectologistas, a Candida auris é fruto da evolução do gênero Candida, que habita o trato gastrointestinal humano. A nova espécie é preocupante, pois se mostra altamente resistente às ações de medicamentos.

Segundo o CDC, ainda, a infecção pelo fungo se dá no sangue, ouvido e em feridas ainda não-cicatrizadas de forma sistêmica. Ele pode causar complicações severas provenientes de infecções (sepses) em pacientes hospitalizados, imunodeficientes, já com histórioco de tratamento multiplos.

Não é claro se a Candida auris causaria infecções no trato urinário ou no pulmão, mas a possibilidade não é descartada.

Como se dá a infecção pelo Candida Auris e quais seus sintomas?

A Candida Auris pode ser transmitida pelo toque em superfícies e pessoas infectadas, especialmente em ambiente hospitalar. Pessoas infectadas podem ficar até meses com a colonização fúngica na pele e assim espalhar para outras pessoas.

Os mais propensos a sofrer com a infecção passaram por procedimentos invasivos, fazem uso de cateteres, podendo assim desenvolver uma doença associada ao ambiente hospitalar. Os sintomas da infecção pelo fungo podem passar despercebidos, já que maioria dos pacientes identificados pelo CDC já estava hospitalizada por outros problemas.

Os sintomas mais comuns em pacientes, segundo o órgão, são febre e calafrios que não melhoram mesmo após o tratamento com antibióticos, o que pode ser confundido caracteriza com uma possível infecção bacteriana e não por fungo.

A notícia boa é que uma nova classe de antifúngicos, que foram desenvolvidos desde o fim da década 1990, tem se mostrado promissora no controle dessa infecção, chamadas echinocandiins. Além disso, novas drogas estão sendo pesquisadas e testadas, bastante promissoras contra a Candida Auris.

Fontes e referências: