Coronavírus escapou de um laboratório?

Documentos secretos revelam possível vazamento em laboratório de Wuhan, onde iniciou a pandemia

 

A hipótese, antes rechaçada pela comunidade científica, hoje recebe novos olhares. Isso porque antes se tratava de uma guerra política travada pelo ex-presidente Donald Trump. Hoje, longe deste cenário tendencioso, cientistas recebem com novos olhos, provas circunstanciais que podem apontar para a origem da pandemia e dar uma explicação concreta para o que aconteceu. 

 

É importante afirmar que isso não atesta a origem do surto, porém, o dossiê organizado ao longo de 90 dias por uma equipe destacada no antigo governo, fornece documentos que mostrariam a hospitalização de cientistas pertencentes a este laboratório, com sintomas similares aos da COVID-19 meses antes do primeiro caso documentado, em dezembro de 2019. 

 

O dossiê informa que o laboratório estaria fazendo experimentos em morcegos com uma cepa do vírus SARS, causador da epidemia de 2002 a 2004. Outros relatos preocupantes afirmam supostos estudos militares ocorridos no estabelecimento desde o ano de 2017, com o uso de cobaias animais.  

 

Para defensores desta teoria, ela ganha ainda mais força a partir das dificuldades impostas pelas autoridades chinesas que não permitiram uma ampla investigação internacional no início da pandemia, além de dificultar o acesso a documentos que poderiam explicar a origem da doença. 

Por outro lado, um grupo de cientistas afirma que é improvável o vazamento ter ocorrido a partir do laboratório de Wuhan, uma vez que ele é de nível quatro, considerado o mais alto nível de biossegurança, e que para manipular o vírus SARS bastaria um laboratório de nível 3, categoria inferior. 

 

Como a epidemia de SARS de 2002, pode levar anos até que cientistas cheguem a um consenso de quem foi o paciente 0 e como a pandemia realmente surgiu. Enquanto população, devemos focar nas medidas de prevenção e isso inclui tomar a vacina quando for a sua vez, afinal ela é o único medicamento que temos para tentar frear as altas taxas de mortalidade e infecção.