Inovação da medicina em 2018: Cirurgia para tumores císticos do rim

Estudo recente publicado pelo Journal of Urology mostra avanços nas técnicas cirúrgicas de retirada de tumores císticos do rim.

Tumores císticos do rim são muito diversos dos tumores sólidos ou mesmo dos cálculos renais. O cisto no rim é uma pequena bolsa cheia de líquido, relativamente comum em pessoas com mais de 50 anos) e, quando é pequeno, não causa sintomas e nem representa risco de saúde para o portador. Cistos complexos e maiores, no entanto, podem representar um certo risco. São os cistos com septações, paredes irregulares, ou conteúdo espesso ou que tenham paredes calcificadas. Neste caso ele deve ser avaliado mais detalhadamente, por tomografia ou mesmo ressonância nuclear magnética.
Considerando a ausência de sintomas, principalmente quando se trata de um cisto simples, algumas pessoas podem passar vários anos sem saber que são portadoras deste problema. Ele será descoberto em exames solicitados para avaliar algum sintoma inespecífico, ou na investigação de algum sinal clinico, com ultrassonografia ou tomografia computadorizada, por exemplo.
Novo estudo sobre a cirurgia dos tumores císticos do rim:
Já há mais de 30 anos, baseados em estudos – vários deles encabeçados por Andrew Novik de Cleveland nos Estados Unidos – se faz a cirurgia preservadora de rim, a dita nefrectomia parcial. Essa cirurgia é feita mesmo para o tratamento de cistos renais suspeitos de malignidade. Ocorre que, por vezes esses cistos se rompem durante o procedimento, levando a preocupação de que a doença se dissemine no local da cirurgia. Esse assunto específico foi estudado e publicado recentemente no “Journal of Urology” (Pradere B, e cols, Volume 200, Issue 6, Pages 1200–1206).
O trabalho compilou 268 pacientes, de 8 centros diferentes, dentre os quais houve ruptura em 50 cistos. O exame anátomo patológico revelou que 75% das lesões eram realmente malignas. O seguimento foi de 32 meses em média. Houve 5 pacientes que apresentaram recorrência local, porém não houve um só caso de carcinose peritoneal (tumor disseminado no peritônio) ou mesmo nos portais de acesso da cirurgia. A sobrevida livre de doença não se alterou com a ruptura dos cistos. Os autores concluíram que a ruptura intra-operatória de cistos renais é um evento relativamente comum, e não apresenta piora prognóstica do ponto de vista do controle do câncer.
Se você deseja realizar exames para verificar a saúde dos seus rins, entre em contato com o Dr. Manoel Guimarães e agende uma consulta, os urologistas da Clínica Belluno podem esclarecer dúvidas sobre o assunto.