Caroço no testículo pode ser câncer

Caroço no testículo? Confira algumas causas para o aparecimento desses nódulos

Muitas vezes, no autoexame, já é possível identificar qualquer alteração fora do normal no corpo humano. Diferente do sexo feminino, que sofre um bombardeio de informações sobre os toques nas mamas, para identificação de anomalias, os homens não possuem essa orientação de forma adequada. O autoexame ajudaria no diagnóstico precoce, no caso do sexo masculino, em identificar caroço no testículo, por exemplo, frequentemente ligado a doenças como câncer.

No caso dos nódulos, são identificados pelo próprio paciente ou sua parceira, de forma espontânea. O volume do tumor, ou caroço no testículo, pode variar desde poucos milímetros – tamanho de um grão de arroz – até vários centímetros, podendo envolver todo o órgão.  As massas testiculares podem ser um sinal eminente da presença de células cancerígenas, principalmente em homens entre 20 e 35 anos. O câncer do testículo é o mais comum câncer do homem jovem, mas não se assuste. O caroço no testículo pode indicar uma série de doenças, que variam de gravidade. As causas do aparecimento dos nódulos podem ser divididas em duas categorias:

 

Se o nódulo for doloroso:

– Traumatismo local (bolada, chute)

– Orquiepididimite

– Orquite pós-caxumba

– Torção de testículo

– Torção do apêndice testicular

 

Se pelo contrário, for indolor:

– Câncer

– Hidrocele, ou “água nos testículos”

– Hérnia

– Varicocele

– Cistos de epidídimo

– O próprio epidídimo sem representar uma doença

 

O ideal é após a identificação do caroço no testículo, o paciente procurar um profissional da saúde, especializado neste tipo de órgão, como um urologista. Vale ressaltar, que o diagnóstico precoce é fundamental para que os índices de incidência pela doença no Brasil possam ser reduzidos.

 

Câncer no testículo

Mesmo tendo um baixo número de casos, o câncer no testículo pode ser diagnosticado através do autoexame e, na maioria das vezes, com a identificação de um nódulo, tumoração, ou caroço no testículo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de testículo é um tumor pouco frequente, mas com o agravante de ter maior incidência em homens jovens em idade produtiva.

Por atingir com maior incidência pessoas mais jovens e sexualmente ativa, tende-se ser confundido ou até mesmo mascarado por orquiepididimites – inflamações dos testículos e dos epidídimos, geralmente transmitidas sexualmente.

Comparado com outros cânceres que atingem os homens, como o câncer de próstata, o câncer nos testículos apresenta um baixo índice de mortalidade. Na realidade mais de 90% de todos os casos são curados

 

Autoexame

O autoexame no testículo deve ser realizado mensalmente, sempre após um banho quente, pois o calor relaxa o escroto e facilita a observação de anormalidade. Durante o procedimento, deve-se procurar caroço no testículo ou qualquer alteração em seu tamanho, sensação de peso no escroto, dor imprecisa em abdômen inferior ou na virilha, derrame escrotal – caracterizado por líquido no escroto – e dor ou desconforto no testículo ou escroto.

Confira o vídeo a seguir e veja como fazer o procedimento de forma adequada:

 

Por fim, para ajudar a tornar a atividade mais eficaz, o INCA criou um passo a passo para realizar o autoexame, dividido em três fases. Confira:

De pé, em frente ao espelho, verifique a existência de alterações em alto relevo na pele do escroto.

Examine cada testículo com as duas mãos. Posicione o testículo entre os dedos indicador, médio e o polegar. Revolva o testículo entre os dedos; você não deve sentir dor ao realizar o exame. Não se assuste se um dos testículos parecer ligeiramente maior, e numa posição mais alta que o outro, isto é normal.

Ache o epidídimo – pequeno canal localizado atrás do testículo e que coleta e carrega o esperma. Se você se familiarizar com esta estrutura, não confundirá o epidídimo com uma massa suspeita. Os tumores malignos são frequentemente localizados dentro do testículo, um tumor duro, de superfície irregular.

 

Referência:

Portal do Instituto Nacional de Câncer (INCA)