Oncofertilidade? O que é?

Oncofertilidade: alternativa para preservar a fertilidade de pessoas com câncer

Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2015, revelou que neste ano o país diagnosticará 596 mil novos casos da doença e apontou fatores como: o aumento da expectativa de vida, a urbanização e a globalização para explicar esse crescimento. Dentro do turbilhão de emoções de receber o diagnóstico de câncer, a medicina desenvolveu uma subespecialidade que realiza a intersecção reprodutiva para explorar as opções de preservação e manutenção da fertilidade para pacientes que passarão por tratamentos oncológicos: a oncofertilidade.

O tratamento oncológico, na maioria das vezes, pode gerar alguns efeitos colaterais nos pacientes, como a diminuição na qualidade da fertilidade, gerando, nos casos mais graves, até a infertilidade. A oncofertilidade vem com o objetivo de garantir a homens e mulheres com câncer a possibilidade de terem filhos no futuro.  Vale ressaltar que a preocupação principal nos tratamentos contra o câncer é com a saúde do paciente e depois com a preservação fértil.

Durante o acompanhamento, o médico deverá direcionar o paciente aos profissionais especialistas em oncofertilidade para orientar durante todo o processo do tratamento oncológico. Dentro deste contexto, a American Society for Radiation Oncology (ASTRO) revelou que apenas 40% dos raditerapeutas, 45% dos clínicos e 46% dos cirurgiões encaminham frequentemente seus pacientes nos Estados Unidos para um especialista. Já no Brasil, esses dados são menores ainda. Ou seja, mais da metade dos pacientes envolvidos nem sequer sabem da possibilidade de preservar a fertilidade antes dos tratamentos.

 

Há algumas maneiras de preservar a fertilidade dos homens e mulheres em pré-tratamento médico e a oncofertilidade vem com esse intuito. A mulher, em média, leva de 10 a 15 dias para preservar a sua fertilidade, através da técnica de criopreservação de óvulos ou embriões. Para os homens, na maioria das vezes, o procedimento é mais fácil. Em até cinco dias, podem ser escolhidos e armazenados dois ou três amostras de sémen, que permite uma boa reserva produtiva. Dentro do processo, deve-se escolher o método mais adequado e em tempo hábil, sem prejudicar a saúde do paciente.

Para ter uma efetividade no processo de oncorfertilidade, o ideal é fazer o congelamento de óvulos, espermatozoides, embriões ou tecido ovariano e testicular, antes do início do tratamento contra o câncer. É de extrema importância que a decisão sobre a preservação dos gametas, masculinos ou femininos, deve ser feita em conjunto com o médico responsável pelo tratamento do câncer – oncologista, mastologista hematologistas ou urologista – e o especialista em reprodução assistida.

 

 

Referência:

– Portal do Instituto Nacional de Câncer (INCA)