Câncer de próstata ganha nova tecnologia que detecta agressividade

Por conta de maior precisão, nova tecnologia garante maior segurança na hora do diagnóstico do câncer de próstata.

Muitos estudos têm sido feitos nos últimos anos acerca de diversas doenças – inclusive sobre o câncer de próstata. Recentemente, por exemplo, pesquisadores da cidade de Ribeirão Preto (SP) desenvolveram uma nova técnica baseada em biologia molecular e inteligência artificial que auxilia no diagnóstico e terapia desse tipo de câncer. Segundo os estudiosos, saber como o tumor se comporta biologicamente, bem como classificá-lo quanto ao risco de metástase (migração do câncer via sanguínea ou linfática), é fundamental para definir qual o melhor tratamento para aquele estágio.

Esse estudo é importante para a ciência, uma vez que quase 60% dos pacientes com câncer de próstata são submetidos a tratamentos intensivos sem sequer sofrerem de metástase – logo, poderiam ser evitados. Diante disso, amostras são coletadas de pacientes em tratamento no Hospital de Câncer de Barretos, interior de São Paulo, analisadas e comparadas a partir de três grupos:

  • Saudáveis: células que não apresentaram recidiva bioquímica ou sinais de metástase em seis anos.
  • Recidivados: tumores que apresentaram algum tipo de recidiva bioquímica ou metástase em seis anos.
  • Metastáticos: amostras que sofreram metástase em até cinco anos.

A partir da análise dessas amostras, os pesquisadores buscam informações personalizadas de como o tumor se comporta por meio da atividade de moléculas nomeadas microRNAs – pequenos RNAs que não conseguem traduzir a informação do DNA em forma de proteína com função específica. E é justamente nesse processo que entra a nova tecnologia desenvolvida, já que o tumor do paciente é analisado através de um algoritmo que identifica qual perfil biológico ele se encaixa (saudáveis, recidivados ou metastáticos), o que gera, assim, um escore de risco.

A pesquisa conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e já apresenta resultados animadores.

Fonte:

http://jornal.usp.br/ciencias/tecnologia/tecnologia-mais-precisa-detecta-agressividade-de-cancer-de-prostata/